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quinta-feira, 26 de maio de 2022

Filme Pureza mostra a face nefasta do trabalho escravo no Brasil



 Filme Pureza mostra o escárnio do trabalho escravo no País

O filme Pureza, dirigido pelo diretor  Renato Barbiere, em exibição em duas sessões no Cinemark de Campo Grande, mostra a face nefasta da prática desumana do trabalho na zonal rural da Amazônia. Inspirado em fatos reais, Pureza (Dira Paes), principal protagonista, embrenha-se numa fazenda na região de Marabá, no Pará, a procura do filho Abel (Matheus abreu).  Antes da arriscada aventura, ambos já eram submetidos à exploração nas olarias da região amazônica. 

Com determinação, a partir de informação de uma garota de programa, consegue informação do sobre o "Gato" (empreiteiro) que recruta trabalhadores. É selecionada como cozinheira. Na fazenda, Pureza convive com as péssimas condições de trabalho que vão do consumo de água de açude,  habitação de pau a pique, dívida no armazém, falta de pagamento de salários, ameaças e execução de trabalhadores por jagunços, contra insurgentes às condições do patrão, criador de gado.

Disposta a  denunciar as práticas a abusivas usa da sedução do capataz gerente para retornar a Marabá. Com apoio de um padre da igreja católica ligada a Comissão Pastoral da Terra (CPT) consegue apresentar a situação em um fórum contra o trabalho escravo.  A veracidade do seu depoimento é questionada por representante do poder judiciário devido a falta de provas. Indignada, com a ajuda do padre volta à fazenda, fotografa e grava depoimentos orientada por uma fiscal de trabalho. Na fuga empreendida e baleada mas sobrevive. 

Com  as provas irrefutáveis volta ao fórum e em razão das fortes denúncias força a criação de um grupo especial para o combate ao trabalho escravo, determinada pelo então presidente Fernando Henrique Cardoso. A movimentação se desdobra em fiscalização na fazenda, cujo o empresário contava com a proteção do estafe político do Pará no Senado Federal. Na diligência finalmente encontra o filho em condições deploráveis. 

Em razão da coragem, Pureza recebe prêmio internacional para mostrar a perversidade ainda presente no campo e na cidades brasileiro, prática ainda presente na Amazônia Legal, carvoarias e aqui em Mato Grosso do Sul, na região Pantaneira. 

Vale a pena conferir no cinema. Porém fique atentos, pois os horários de exibição,  14h30 e 22h são para o público não assistir. Um tentativa sórdida de silenciar o tema, uma vez que põe em cheque a crueldade e as contradições do mundo do trabalho em nosso País. 

sexta-feira, 9 de junho de 2017

O Judiciário também é palco de simulação

Estamos vendo um espetáculo inusitado nas transmissões do julgamento do pedido de cassação da Chapa Dilma e Temer. Tudo parece ser um grande palco de simulação, em que as declarações dadas em outrora não servem mais, ao velho estilo do sociólogo Fernando Henrique Cardoso que disse: “esqueçam o que escrevi”. Neste caso, mas especificamente do Ministro Gilmar Mendes, comparando, esqueçam o que disse, com a agravante, sob o mesmo processo. 

Por meio de espetáculos midiáticos sentimos o peso de um dos pilares da democracia, o Judiciário, entralhar-se nas suas contradições, mostrando que pouco ou nada tem de diferente em relação ao poderes Executivo e  Legislativo. Com a diferença que este dois últimos poderes, a cada 4 anos, são submetidos ao sufrágio universal,  enquanto a Corte Suprema tem o privilégio da vitaliciedade e quando muito, em casos de desvios de conduta, seu membro punido com uma pomposa aposentadoria.


Neste contexto fica visível a velha teoria da Escola de Frankfurt de que o judiciário é mais dos aparelhos da classe dominante, assim, com a mídia, reproduzindo a sua ética e o papel de aparelho ideológico do poder econômico.  
O Judiciário, poder vital para a sociedade, no tabuleiro do jogo de classe, agora preza pela harmonia com a corrupção, onde a linha condutora de autonomia, independência e imparcialidade, mergulha nos interesses corporativistas e cartorial, num momento vital deixa transparecer suas chagas, privilégios e arranjos políticos, levando o cidadão comum, que financia todo o espetáculo, perplexo diante do jogo do poder a qualquer preço onde só resta ao cidadão, colocar um nariz de palhaço,  cético diante de leis que mudam de sentidos e significados  de acordo com a conveniências políticas.    

terça-feira, 20 de setembro de 2016

Enquanto a economia despenca, bancos seguem com lucros elevados e reduzem postos de trabalho e agências

O DIEESE divulga os resultados do primeiro semestre de 2016 do Desempenho dos Bancos. O estudo analisa os números dos bancos do país durante o período.

O estudo confirma que quem vem pagando o preço pelas altas taxas de juros no Brasil são os trabalhadores e boa parte do empresariado brasileiro com pouca condições de competitividade frente aos oligopólios ou monopólios.  A apropriação de recursos públicos pelo sistema financeiro acontece de forma tão gritante, vem quebrando o País que até o senador Álvaro Dias, pasmem, o ex-tucano e agora integrante do Partido Verde, entrou com pedido de instalação de uma auditória na dívida pública. Quase 43% do que a União arrecada vai parar não dos banqueiros, quebrando prefeituras e diversos Estados.    

A crise engorda o saldo das contas de meia dúzia de bancos. De acordo com DIEESE, apesar do cenário econômico adverso, os cincos maiores bancos do país fecharam o primeiro semestre deste ano com lucros expressivos. Os números foram resultado do bom desempenho em seguros, previdência e capitalização, da elevação das receitas com tarifas e serviços e da queda nas despesas com empréstimos e repasses propiciada pela valorização do real frente ao dólar, que barateou os recursos captados pelos bancos no exterior.
A queda nos lucros, em comparação ao 1º semestre de 2015, foi provocada pelo aumento das provisões para os  devedores  duvidosos (PDD) e das  despesas com impostos  (Imposto de Renda - IR e Contribuição Social sobre o  Lucro Líquido - CSLL). Em 2015, os bancos utilizaram largamente créditos tributários e com isso seus lucros se elevaram. Como a situação não se repetiu no 1º semestre de 2016, foi verificada queda no resultado final.
No primeiro semestre, os cinco bancos fecharam um grande número de postos de trabalho. Em relação ao mesmo período, em 2015, são mais de 13 mil postos fechados.
O levantamento também aborda o encerramento das atividades do HSBC no Brasil. Se o processo de integração tecnológica for aprovado, os clientes do HSBC terão acesso às contas no Bradesco a partir de outubro deste ano. Com isso, a concentração bancária no Brasil aumentará. A participação de mercado dos cinco maiores bancos  que, atualmente, corresponde a 80% dos ativos totais e 84% da carteira de crédito, passará a ser de 83% e 86%, respectivamente.
Com informações do DIIEESE
www.diee

terça-feira, 23 de agosto de 2016

Alex e Mário prestam apoiam a Carta de Mato de Grosso do Sul contra o PLP/257 e PEC 241/2016

Alex do PT saúde presidente da CUT-MS, Genilson Duarte

O candidato da Coligação Campo Grande é Todos (PT-PCdoB), Alex do PT, acompanhado pelo vice da chapa, Mario Fonseca,  participou de reunião para o fechamento final da carta final das entidades classe e dos movimentos sociais contra a PLP (Projeto de Lei Parlamentar) 257/2016 e a PEC (Proposta de Emenda Constitucional) 241/2016. 

O documento é resultado de Audiência Pública convocada pelo deputado estadual João Grandão (PT) e apresentada na segunda-feira (23.08) ao presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul. O documento agora será apreciado pelos parlamentares, na próxima semana e, se aprovado,  encaminhado ao Congresso Nacional e ao presidente Michel Temer.

Alex do PT salientou que a sociedade não pode aceitar, em hipótese alguma, a redução de direitos historicamente conquistados pelos trabalhadores e servidores públicos brasileiros previstos no PLP/257. Lembrou que o servidor não pode ser apontado como culpado pelo desequilíbrio das contas públicas, alertando que as medidas contidas na PEC 241/16 é uma agressão a Constituição Federal, pois congela investimentos em áreas vitais para população como saúde, habitação, educação e assistência social. Mesmo com o aumento da receita, os estados, município e a União ficam impedidos de repassarem percentuais maiores para estas áreas.
Para o candidato existe outros mecanismos para revitalizar as contas públicas, com recursos oriundos das reservas cambiais, taxação dos rendimentos dos bancos, combate à sonegação fiscal e a revisão da renúncia fiscal para grandes grupos econômicos.

Assessoria de imprensa do candidato.     

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2016

Guarani-Kaiowa acampados temem mais ataques violentos no feriado de carnaval

Sob o silêncio de parte da mídia nacional e regional, a omissão dos poderes constituídos, responsáveis pela mediação dos conflitos, as famílias Guarini-Kaiowa aguardam pela demarcação de suas terras. Desde o início do ano, tem crescido a ofensiva aos acampamentos localizados na região de Caarapó, Juti e Amambai.  As famílias de Te´’ýijusu em Caarapó são bombardeadas por emissão de inseticidas aplicados nas monoculturas de soja e cana. Em Kurusu Ambá, A em Amambai, a repressão acontece por meio de taques à tiros e queima de  barracos de lona.
dos poderes constituídos, mais uma vez acontece uma sucessão de ataques violentos dos ruralistas aos acampamentos de retomada dos Kaiowa e dos Guarani no Mato Grosso do Sul, local em que

Por e-mail a correspondente popular, Joana Ortiz escreve  pede o apoio e a ampla divulgação dos fatos, devido o aumento da tensão provocada pela ação dos ruralistas. Segunda ela, os ruralistas e suas capangas insistem em destruir os vestígios do último ataque no dia 31 de janeiro deste ano, quando incendiaram os barracos, destruíram os pequenos roçados e utensílios domésticos.  No dia 02 de fevereiro deste ano, os servidores da Coordenação Regional da FUNAI em Ponta Porã e Coordenação Técnica Local de Amambaí estiveram no acampamento e verificaram que os ruralistas utilizaram máquinas agrícolas para revirar o solo, no intuito de atrapalhar algum possível trabalho de investigação pericial.

Joana ortiz explica no email que os servidores estivem sem escolta policial, mesmo tendo requisitado, visto que os ruralistas e os seus seguranças particulares estavam armados. A avaliação é de que os ruralistas empregam estes meios para expulsar os índios do interior da fazenda Barra Bonita e deixá-los expostos as margens da estrada fronteiriça. No dia 03 de fevereiro, os relatos dos servidores da FUNAI presenciaram  a ação de queima e destruição dos vestígios feitas pelos ruralistas, de forma impune. Até na manhã seguinte não havia chegado nenhuma força de segurança pública para registrar a ocorrência.

Em conversa com as lideranças do Aty Guasu, na região de Dourados, Juti e Amambai, o temor das pessoas é que durante o período do carnaval, no feriado, os ataques se intensifiquem. Grandes partes dos servidores que atuam nos serviços de justiça e segurança pública não estão em plantão. Desta forma, os Guarani-Kaiowa temem neste período ocorra mais ações violentas, como em outras situações. 

Joana Ortiz afirma que em conversa com uma liderança  da retomada de Lechucha, município de Juti,  foi relatado que o arrendatário da fazenda procurou seu irmão para comunicar que ele estaria retirando os funcionários da fazenda. pois os proprietários da região estiveram reunidos e planejando ação de intimidação contra as famílias. A ação seria uma retaliação à extinção da CPI do CIMI na Assembléia Legislativa de Mato Grosso do Sul.  

Ao entrar em contato com outra liderança de Kurusu Amba, a correspondente foi informada que o delegado da PF de Ponta Porã  enviaria agentes da Polícia Federal para verificar a situação.  Já uma liderança de Kurusu Amba disse que responsabilizaria a PF caso haja mais mortes e violência. O Dep. Pedro Kemp (PT-MS)  integrante da CPI CIMI disse ter comunicadoo delegado da PF e que se reuniria com os procuradores federais e com o Superintendente da PF-MS.

A pressão desumana sob os índios acampados está sendo veiculada pelas assessorias de imprensa do CIMI e de outros meios de comunicação, mas o apelo das lideranças do Aty Guasu é mas a intenção de Joana é de sensibilizar os parceiros, pois  a possibilidade de novos e intensos ataques é grande com a chegada de um feriado prolongado.  

Os indígenas pedem a presença da PF e da Força Nacional de Segurança porque não confiam na atuação das forças de segurança regionais. Deste modo, peço desculpas pelos erros gramaticais e ortográficos, mas circulem as notícias para que possamos pressionar o Ministério da Justiça para a agir.  

quarta-feira, 7 de outubro de 2015

Luta guerreiro contra opressão

Luta guerreiro contra opressão
Contra a tirania dos desumanos
Denuncie a ganância hipócrita por lucro
Empunhe seu chocalho.
Na simplicidade, na força da reza,
na tinta vermelha do urucum,
reaja a violência silenciosa que te extermina
Luta guerreiro contra opressão.
Grita por nosso planeta, saturado de lixo,
Dominado por ódio, ganância e mesquinharia
Ore por nós, perdidos, envaidecidos no racionalismo doentio,
Não aceite a opressão territorial do boi e da soja.
Pegue sua terra de volta.
Deixe a florestar renascer
A mata ciliar respirar
O peixe repovoar o rio
Os animais correrem pelos campos.
Semeie alimentos sem veneno,
Rebusque a cura das raízes
Rompa a cerca do isolamento
Não aceite a fé que te amansa
Mas aquela desperta a inquietude,
o inconformismo contra injustiça.
Luta guerreiro contra a opressão.
Grite para que os homens de bem, cristão verdadeiro,
para que abrace sua causa,
veja no rosto infantil do Guarani-Caiuá a
face verdadeira do menino Jesus, oprimido
e clama por libertação. 



terça-feira, 16 de junho de 2015

Em Documento 'Louvado Seja' papa condena degradação ambiental

Encíclica de Francisco vai ter ambiente como tema

Ao falar neste domingo (14) na praça São Pedro, no Vaticano, o papa Francisco pediu que se renove a atenção sobre a degradação e a recuperação ambiental em cada país e anunciou que sua encíclica terá como tema o ambiente.
No anúncio, feito após o tradicional Ângelus da missa dominical, o papa disse que a encíclica será lançada na próxima quinta-feira (18).
Segundo Francisco, o documento é dirigido a todos, e não apenas aos cristão.
"Essa encíclica é dirigida a todos aqueles que podem receber sua mensagem e crescer em responsabilidade para com a casa comum que Deus nos confiou."
Esta será a primeira encíclica feita totalmente pelo papa Francisco. A anterior ele apenas teve de completar, pois grande parte havia sido escrita por seu antecessor, Bento 16.
O título da encíclica, a primeira dedicada especificamente ao tema do meio ambiente, será "Laudato Si" (Louvado Seja).
A revelação casou expectativas. O jornal britânico "The Guardian" informou que esta é a "carta papal mais aguardade em décadas".
A representante das Nações Unidas nas negociação sobre o clima, Christiana Figueres, afirmou que a encíclica poderá ter um impacto muito grande.
"Ela vai falar sobre o imperativo moral de, no tempo certo, fazer frente às alterações climáticas para proteger os mais vulneráveis", afirmou.
ONU
No sábado (13), o secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, esteve no Vaticano para um encontro com o papa Francisco.
A tema do encontro entre as duas instituições globais, que têm um passado discordante --mas que parecem ter encontrado alguns interesses mútuos--, seria a pobreza em todo o mundo.
Mas, em uma conversa informal com o dirigente da ONU e seus conselheiros, o papa mudou o foco da discussão para "ambiente" e destacou que a degradação ambiental é mais profunda nos países mais pobres.
O lançamento da encíclica vai acontecer em um ano com várias reuniões internacionais sobre o tema.
A mais importante será a Conferência sobre Mudança Climática das Nações Unidas, que está programada para ocorrer em dezembro, em Paris, França.
Folha de São Paulo - 15/06